Inveja: você tem?

07 de setembro de 2020    767 views

Nos últimos anos, percebo uma corrente muito forte se formando. São elos de falsidade que fortalecem a inveja. Nem sempre admitidas e pior, nem sempre percebida. É impressionante como algumas mulheres não sabem lidar com a beleza, a ousadia, a sagacidade, a elegância, a capacidade, o profissionalismo, enfim o sucesso de outra mulher.

Recentemente um crime bárbaro, me deixou em estado de choque. Você deve ter ouvido falar, uma mulher matou sua amiga para roubar a criança que estava em sua barriga. Isso foi o que? Loucura??? Falsidade??? Inveja???

Também há poucos dias, vi numa rede social uma empresária muito bem sucedida mandar beijos ironicamente para seus haters (os que a odeiam). Ela ainda brincou, ‘enquanto vocês ficam denegrindo as pessoas eu estou aqui olha’... e mostrou a praia, o lugar lindo onde estava naquele dia. Os que a odeiam seriam quem? Os invejosos?

Eu teria milhares de exemplos pra dar... coisas absurdas que já ouvi, numa demonstração clara de quem tem o coração repleto de inveja.

Em um artigo de Crystal Green, publicado pelo site e-How, a colunista afirma que a inveja entre as mulheres pode ser desenfreada, principalmente entre as que deixam suas inseguranças falarem mais alto. Segundo a escritora, algumas das suas inimigas mais ciumentas podem até ser suas melhores amigas ou familiares próximos.

A Psicanalista Adriana Tanese Nogueira, em um de seus artigos diz que diante de alguém que admiramos ou que faz algo que admiramos temos três opções: 1ª: aprender com a pessoa; 2ª: competir com a pessoa porque nos sentimos inferiores ou, 3ª opção: solapar (minar) a pessoa tentando ofuscar seu brilho. O primeiro caso não é de inveja. Os outros dois sim.

Seu artigo é tão bom que compartilho quase por completo. Vale a pena a leitura.

Como se escorrega do primeiro para o terceiro?

Quando uma pessoa não se sente capaz de atingir o nível no qual colocou a outra, quando esta pessoa não quer se dar ao trabalho de fazer o caminho das pedras para chegar onde a outra pessoa está, ela se sentirá um grande desconforto interno que a impulsionará a querer mostrar o quanto ela é boa, ou ativa, ou bonita, ou rica, ou capaz... o que for para ela mesma se sentir melhor consigo. A briga da invejosa é com ela mesma, em primeiro lugar. Ela está lutando contra o que percebe como uma mancha em si, uma falha na essência que não pode ser “consertada”.

A invejosa não percebe a qualidade da outra pessoa como o resultado de trabalho, de dedicação, esforço e aprendizado. Enxerga a luz da outra como um presente recebido de graça e ela como a “coitadinha” que não recebeu do papai do céu a mesma facilitação. Ou seja, a pessoa que age a partir da inveja quer chegar ao topo sem ter caminhado o suficiente.

O terceiro caso da inveja, que é mais comum do que gostaríamos de saber, complica muito a convivência social. Se trata do caso de a pessoa não se limitar a desejar o que não está ao seu alcance e competir para mostrar ser “a melhor”. A invejosa investe seus esforços em derrubar a outra pessoa. Diretamente? Abertamente? Nunca. É por isso que a inveja é feminina...

A inveja faz parte das armas do feminino assim como a violência explícita faz parte das armas do masculino. Homens e mulheres sentem inveja. Este sentimento entra em ação quando a possibilidade de vencer a corrida com base no treino é pequena e então se utilizam outros recursos: fofoca maldosa, calúnia, intromissão desrespeitosa, inocência fingida, mentira com o sorriso nos lábios...

Quanto mais a pessoa se sentir inferior e quanto mais essa inferioridade for experimentada como insuperável, maior o potencial da inveja nociva.

A liberdade de uma mulher é o que as outras mulheres mais invejam. Dinheiro, beleza, trabalho, posses, maridos.

Há também muitos homens invejosos e sua inveja é ainda mais amarga e indigesta quando são invejosos de uma mulher.

O mundo deu voltas e hoje muitas mulheres demonstram a força que foi sufocada por tantos séculos. Elas falam, podem falar alto e mostrar do que são capazes. E eis que entendemos por que foram caladas: porque seu poder dá medo.

O desconforto de certos homens em perceber que apesar de seus títulos, poder econômico são superados por uma mulher é difícil de engolir. E desponta a inveja como novo subterfúgio para sabotar as mulheres capazes. Denegrindo sua imagem.

Contudo, assim como há homens aliados e há homens invejosos e da mesma forma há mulheres aliadas e mulheres invejosas. Temos que ter discernimento para compreender quem é quem na fila.

E por fim, na vida só temos aquilo que é de nosso merecimento. Tudo é consequência dos nossos atos do passado. Quem trabalha hoje, colhe os frutos amanhã. Isso é uma lei do universo. E como disse certa vez uma terapeuta que conheço, quando entendermos de onde vem o merecimento, tudo ficará bem. A prova disso é o que escreveu o Psicólogo Frederico Mattos, ‘pessoas emocionalmente mais realizadas tem menor propensão em cobiçar o bem alheio já que estão degustando com mais liberdade o seu prato saboroso’.

Fotos da internet meramente ilustrativas

Fonte: estão no texto
 
 
 

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